sábado, 17 de março de 2012

HRTM, SAMU, MACAS...

Falta de leito prejudica o Samu


Mossoró - Um problema que resulta em outro. É assim que podem ser explicadas as constantes esperas a que as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Mossoró são submetidas quando os leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia estão lotados. A unidade de referência para atendimento de emergência e urgência na região do Oeste potiguar dispõe de 28 leitos para o pronto atendimento e mais uma reserva de outras 10 unidades caso o efetivo seja ocupado. Mesmo assim, há dias de grande movimentação em que todos os 38 leitos chegam a ser ocupados. Com isso, o problema reflete em outro setor: os atendimentos realizados pelo Samu acabam esbarrando na portaria do Tarcísio Maia por falta de maca para receber o paciente levado pela unidade móvel. Quando o Samu realiza o atendimento, um dos objetivos da equipe médica é a estabilização do paciente até que ele receba o atendimento na unidade hospitalar de referência.


Jornal de FatoMacas espalhadas pelos corredores do Tarcísio Maia: um problema que está de volta em MossoróMacas espalhadas pelos corredores do Tarcísio Maia: um problema que está de volta em Mossoró

Porém, quando falta espaço para um paciente até mesmo nos corredores do Tarcísio Maia, o problema se prolifera em escala: primeiro porque a ambulância fica parada na frente da unidade prestando assistência ao paciente e, consequentemente, sendo impedida de realizar outros atendimentos. Em segundo lugar, vem a evolução do quadro do paciente que muitas vezes precisa dos serviços da unidade hospitalar.

A secretaria geral do Hospital confirma o problema, mas alega que isso também é recorrente em outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade. De acordo com a equipe do Hospital, não há como prevê os dias em que toda a oferta de leitos será utilizada. Em meados desta semana, por exemplo, o problema da espera das ambulâncias voltou a acontecer.

Em contrapartida, ontem, no final da tarde, fomos até o pronto atendimento do Hospital Tarcísio Maia e havia macas ociosas pelos corredores. A secretária da direção explicou que os leitos são distribuídos igualmente para a ala masculina e feminina, mas "quando acontece de chegar paciente, a gente remaneja as macas para tentar atender e acomodar a todos os pacientes". A direção local do Samu destacou que cinco ambulâncias são utilizadas no atendimento móvel do serviço. Segundo os técnicos, a frota atende a demanda de chamados da cidade, exceto quando é necessária a espera do veículo com paciente por falta de macas nas unidades hospitalares.


Fonte:  Tribuna do Norte

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