quarta-feira, 23 de maio de 2012

IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF) E IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)


Redução no IPI começa a valer a partir de hoje



Passa a valer a partir de hoje (23) a redução no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas. O decreto, publicado ontem no  Diário Oficial da União, também reduz o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de carros e tem o objetivo de aquecer a economia.
 
Júnior SantosExpectativa do Governo e das montadoras é que pacote estimule a compra de automóveis novosExpectativa do Governo e das montadoras é que pacote estimule a compra de automóveis novos

Diante do desempenho fraco da economia, o governo decidiu pisar no acelerador e anunciou o pacote R$ 2,7 bilhões para estimular o consumo, principalmente o de automóveis, e a aquisição de bens de capital Assim como fez na crise de 2008 e 2009, o Planalto cortou impostos, liberou mais dinheiro para empréstimos e reduziu os custos de linhas de financiamento. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as medidas são resultado de um compromisso "inédito" assumido entre governo, setor produtor e setor financeiro.

O governo zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis de até 1.000 cilindradas e arrancou das montadoras um compromisso de reduzir a tabela em 2,5%. Assim, o preço final dos populares vai cair perto de 10%. Para os modelos com motor entre 1000 e 2000 cilindradas, a expectativa é que o preço final sofra uma redução de 7%. "Isso atende à demanda do setor", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. "Os estoques estão altos e é preciso fazer girar a máquina da indústria automobilística."

A redução vale até o final de agosto e o governo estima que deixará de arrecadar R$ 1,2 bilhão no período. As montadoras se comprometeram a não demitir durante a vigência do acordo. Para os modelos importados, continua valendo o aumento de 30 pontos porcentuais no IPI.

Também foi fechado um acordo com os bancos, pelo qual eles vão reduzir o valor da entrada e taxa de juros, além de alongar os prazos de pagamento. Em troca, serão liberados recursos que hoje as instituições têm de manter depositados no Banco Central.


CONSUMO


O governo decidiu, ainda, reduzir a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos para pessoas físicas de 2,5% para 1,5%. Com isso, a arrecadação federal vai cair perto de R$ 900 milhões num período de três meses. Porém, esse corte não tem prazo para acabar.

Mais medidas para facilitar empréstimos estão a caminho. Mantega encomendou à Caixa que simplifique a linha de crédito que permite utilizar recursos do FGTS para comprar material de construção. Segundo o ministro, essa linha já é oferecida hoje, mas com muitas exigências.

O governo também anunciou a redução dos juros cobradas pelo BNDES para bens de capital. "O resultado esperado é reduzir o custo do investimento", afirmou o ministro. A taxa para o financiamento de compra de máquinas para grandes empresas, por exemplo, caiu de 7,3% para 5,5% ao ano. O custo estimado da redução de juros é de R$ 619 milhões.

Mesmo com esse impulso adicional, Mantega avaliou que será difícil crescer 4,5% este ano. Ele avaliou que a crise internacional se agravou, e foi por essa razão que o governo adotou esse conjunto de novos estímulos. O objetivo, explicou, é estimular o investimento. Porém, observou, este não ocorrerá sem consumo. E o setor automotivo era o que mais enfrentava problemas na concessão de crédito. O governo decidiu agir porque a indústria automobilística tem impactos importantes em toda a economia brasileira.



Fonte:   Jornal  Tribuna do Norte

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