quarta-feira, 3 de julho de 2013

FIQUE POR DENTRO

Vacinação pode evitar a incidência de mais de 30 doenças nas crianças, aponta especialista

Imagem/Google
Desde o nascimento até a fase da adolescência, pais e responsáveis devem ficar atentos em relação ao cumprimento exato do calendário de vacinação, que consta no cartão de vacina da criança. No entanto, devido à correria do dia a dia, é comum esquecer-se de vacinar as crianças no prazo correto. Para ser lembrado sobre as próximas vacinas a serem aplicadas nos seus filhos, a Clínica AMI Personali comunica aos responsáveis, através de email ou mensagem de texto via celular, informando a respeito das vacinas que o filho deve tomar. A médica Sônia Mesquita conta que atualmente a pediatria trabalha com a prevenção, e a melhor forma de prevenir, internacionalmente aceita, é a vacinação. Ela explica que atualmente existe um grupo de mais de 30 doenças que são evitáveis por meio da vacina.

A consciência da importância da vacinação por parte dos pais nos primeiros anos de vida é, segundo a pediatra, muito tranquila, em virtude do Plano Nacional de Imunização e pela qualidade da vacina, que conquistou a confiança da população em relação a pediatria. “O adolescente e o adulto é que precisamos de um maior convencimento, por medo dos eventos adversos, mas as mães estão extremamente convencidas. Vacinação no Brasil é uma cultura que se reconhece a importância”, destacou.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de quase todas as vacinas sendo distribuídas de forma gratuita, através das Unidades Básicas de Saúde, com exceção das vacinas de HPV, Catapora e Hepatite A. No entanto, a vacina oferecida pelo SUS, apesar da qualidade, não é a mais atualizada, e também há uma restrição, pois muitas delas são destinadas apenas às crianças menores de dois anos. “No SUS não são as mesmas vacinas, mas eles têm proteção vacinal contra as mesmas doenças. As vezes não é a vacina de última geração, mas é muito boa”, ressaltou Sônia Mesquita.

É senso comum tudo o que acontecer depois de uma aplicação de vacina achar que é uma reação adversa a vacinação. A pediatra conta que não há discussão em relação as vacinas mais antigas e consagradas, como o tétano, difteria e tuberculose, que podem matar. A grande resistência, segundo a pediatra, é em relação às vacinas mais novas, como a que combate a gripe.

A pediatra conta que personaliza o atendimento às mães de forma a lembrá-las a respeito das datas de vacinação. Quer seja por email, mensagem de texto via celular, ou através de uma ligação telefônica, a clínica entra em contato com a mãe da criança na semana em que é necessária a realização da vacinação. “Procuramos personalizar para trazer o paciente, principalmente porque na correria do dia a dia. A maioria das mães agradece e acha bom”, destacou a pediatra.

Nos últimos anos, a clínica investiu no aparato tecnológico para garantir o acondicionamento eficaz das vacinas. Por mês, as três unidades da AMI realizam aproximadamente duas mil imunizações.

Resistência

A última vacina do calendário de vacinação infantil é dada aos 10 anos de idade, contra a febre amarela, e encerra uma fase de altos índices de imunização. De acordo com um levantamento feito a pedido do Ministério da Saúde (MS), e publicado no periódico médico Vaccine, 82,6% das crianças brasileiras tomaram todas as vacinas recomendadas até os 18 meses de idade. Passada essa fase, no entanto, a cobertura despenca. De acordo com especialistas, há baixa informação e conscientização da população sobre a importância da vacinação em adultos. Dados do MS apontam, por exemplo, que apenas metade dos adultos de 20 a 29 anos tomou a vacina contra a hepatite B. Um adulto com a caderneta de vacinação desatualizada corre riscos não apenas de desenvolver formas mais agressivas das doenças, mas também de fazer às vezes de vetor de transmissão, podendo colocar crianças em risco, como os próprios filhos.

“A vacina começou pelos adultos que não se vacinavam e tem medo do evento adverso por vacinação. Como a vacinação começou pelos idosos e logo em seguida eles tinham uma gripe, eles temiam a vacina e isso foi tornando uma cultura de resistência em relação a vacinação da gripe. Depois que as vacinas foram se expandindo, a cultura do idoso de resistência a vacina foi trazida para a população. As vacinas mais antigas as mães não discute e tolera o evento adverso, mas a vacinação da gripe ainda precisa de uma consciência maior”, disse a pediatra Sônia Mesquita que explicou que a reação adversa da vacinação pode surgir até 48 horas depois da aplicação e depois disso não aparece mais nada relacionado a vacina.

Apesar da resistência em relação a vacina da gripe, a pediatra, destacou a importância de se aplicá-la. Ela conta que nos últimos anos, é notório a queda nos índices de pneumonia e complicações associadas a doença. “Ás vezes consideram a gripe uma coisa banal, mas não é. As pessoas não sabem a diferença entre gripe e resfriado. Um nariz entupido, uma febrícula, redução de apetite e uma moleza do corpo que não te tira do seu trabalho isso é resfriado. Gripe é uma doença única causada pelo vírus influenza. É aquela doença que te coloca na cama, que dá 40 graus de febre e na infância associa-se a diarréia, vômito, recusa alimentar. E a gripe que é esse quadro mais intenso e debilitante complica para uma pneumonia, inflamação de ouvido, sinusite e é quem mata o vovô”, explicou a pediatra.

Além da proteção contra a gripe, os idosos também têm a disposição uma vacinação contra a pneumonia. A vacinação, que na Unidade Básica de Saúde só é aplicada as crianças de até dois anos de idade, agora também é destinada a pessoas maiores de 50 anos, abrangendo os dois grupos de faixa etária que mais são afetados por essa patologia. Enquanto o SUS disponibiliza a Pneumo 10, que só é disponibilizada para crianças e não para os idosos, a AMI já dispõe da Pneumo 13, uma vacina mais avançada, com uma alta qualidade, sendo destinadas as pessoas acima de 50 anos, em especial para quem tem problemas cardíacos e pulmonar, hipertensos e diabéticos.


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