A adutora de engate rápido para a cidade de Pau dos Ferros deve entrar em funcionamento até o final desta semana. Na última sexta-feira, 5, iniciaram os testes nas tubulações. O trabalho será realizado em toda a extensão de 40 km da adutora, incluindo as duas estações de bombeamento. O aporte de água vem do reservatório Santa Cruz do Apodi, em Apodi. Até o momento, Pau dos Ferros está com abastecimento precário, em relação a qualidade da água. O açude de Pau dos Ferros está com 6,14% de sua capacidade máxima, considerado volume morto.
Assessoria da Caern
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| Caern começou os testes da adutora na última sexta-feira, com a presença de Rosalba Ciarlini |
De acordo com o diretor técnico da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Ricardo Varela, já foram testados 10 km das tubulações. Especificamente o percurso entre a ligação com o ponto da adutora Médio Oeste, em Itaú, até a primeira estação de bombeamento, às margens da BR 405. Não há estimativa de quantos quilômetros podem ser testados por dia. Segundo o diretor, depende do andamento da operação.
“É um momento de avaliar a obra. Agora só falta a parte técnica e ver como funciona a adutora”, explica. A cada percursos, os técnicos da Caern avaliam o funcionamento da adutora e realizam os devidos ajustes. No primeiro teste foi identificado um “problema no registro entre as duas adutoras (Médio Oeste e engate rápido)”. Ontem mesmo houve a substituição do material.
A água enviada por esta adutora de engate rápido já vai tratada diretamente para o reservatório de distribuição de Pau dos Ferros. Não sendo necessário passar pelo reservatório da cidade. O diretor expõe também que a adutora vai abastecer apenas a cidade de Pau dos Ferros, que tem uma demanda de 3,5 mil m³ por dia. A adutora tem vazão de 155 m³ por hora (ou 43 litros por segundo).
A solução da adutora de engate rápido chega com atrasos. A ordem de serviço foi dada ainda em fevereiro de 2014, e a previsão era de concluir em três meses. De acordo com Varela, o atraso se deu por dois fatores: a demora na energização das duas estações de bombeamento, e a dependência do funcionamento da adutora Médio Oeste, que ainda estava em obras, pela Semarh, e começou a operar semana passada. “O importante é que quando a água ficou disponível a adutora estava pronta”, enfatiza.
O reservatório que atende Pau dos Ferros, até então, está com 6,14% da capacidade. O total comportado é de 54.846.000 m³, e tem hoje 3.368.030 m³. A quantidade de água atual é considerada como “volume morto”, mas diante das necessidades vem sendo utilizada para o abastecimento.
Há reclamações, da população, sobre o odor da água, servida para o abastecimento. Lorrana Silva, 22, estudante moradora de Pau dos Ferros só consegue utilizar a água canalizada porque reformaram a caixa d’água da sua casa, com a incrementação de cloro. “Aqui em casa a gente ainda utiliza, até para cozinhar, mas em outros lugares é horrível. Até lavar as mãos. Parece que fica mais sujo”, diz, em relação ao mau cheiro. “Espero que esta situação acabe logo, e chegue água boa para a nossa cidade”.
Daísa Alves
Repórter
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