domingo, 31 de janeiro de 2016

MAIS UMA DOENÇA NO BRASIL ATRAVÉS DA FEBRE CHIKUNGUNYA

ALERTA: CHIKUNGUNYA OCASIONA NOVA DOENÇA NO BRASIL

O Hospital da Restauração, no Recife, confirmou o primeiro caso brasileiro de miosite aguda causado pelo vírus chikungunya. Danielle Santana, de 17 anos, da aldeia indígena pernambucana de Xucururu, foi a primeira pessoa morta em decorrência da miosite no Brasil.

Segundo a equipe médica do hospital, só há registro de mais quatro casos de miosite ligada à chikungunya em todo o mundo, sendo que dois dos pacientes morreram. A febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor do Zika e da dengue.

O infectologista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical Dalcy Albuquerque explica que a miosite é uma grande inflamação nos músculos, que pode ser uma reação autoimune do organismo a alguns tipos de vírus e bactérias. “Quando a pessoa está doente produz anticorpos para destruir o vírus ou bactéria. Só que em alguns casos os anticorpos continuam agindo,e o ataque é contra o próprio organismo. No caso da miosite, atinge os músculos, e na Síndrome de Guillain Barré, ataca a bainha dos nervos”, explicou o especialista.

Albuquerque ressalta que esse tipo de reação não acontece na fase aguda da doença, e sim duas ou três semanas depois que a infecção foi debelada. Segundo o especialista, o quadro de miosite começa com dor e fraqueza muscular. A pessoa vai perdendo os movimentos e fica predisposta a infecções.

Com sintomas que poderiam ser de dengue, chikungunya ou zika, Danielle buscou primeiramente o hospital do município de Pesqueira, próximo da aldeia onde mora.

Com a evolução do quadro, ela foi transferida para um hospital de Caruaru, no interior de Pernambuco. Em seguida, quando chegou ao Hospital da Restauração, referência em neurologia, já estava em estado grave, e passou oito dias internada na unidade de terapia intensiva (UTI).

O resultado surpreende: este é o primeiro caso conhecido na literatura médica brasileira de miosite causada por chikungunya. Em seus estudos, a doutora Lúcia Brito, chefe do setor de neurologia do Hospital da Restauração (HR) e representante no Nordeste da Academia Brasileira de Neurologia, encontrou apenas quatro casos anteriores da mesma ocorrência em todo o mundo. Foi no período de 2013 e 2014, na Índia, durante uma epidemia de arboviroses.

A miosite é uma doença naturalmente rara, que causa inflamação dos músculos e pode levar à insuficiência respiratória. Quando aguda, como no caso de Daniele, é grave e precisa ser tratada com celeridade. Inicialmente, corria o rumor de que a jovem havia morrido em decorrência de Guillain-Barré, doença neurológica que tem surgido em pacientes que apresentam um quadro anterior de zika vírus. “Guillain-Barré e miosite dão paralisia flácida, podem acometer o músculo da respiração. Mas Guillain-Barré acomete os nervos e miosite os músculos”, diferencia Brito.

Por ti@go /

FONTE 
Itapé Notícias
             

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